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Em duas rodas: do Brasil para o mundo
Com 18.000 km de história para contar, em 31 paises de quatro continentes, Danilo Perrotti Machado percorre 12 nacionalidades na Ásia durante a quarta etapa do projeto Homem Livre
Muito planejamento, garra e força nas pernas. Para quem gosta de aventuras e pensa em arriscar uma viagem ao mundo de bicicleta, essas são prerrogativas essenciais. A dica vem de quem já está nessa estrada desde 08 de agosto de 2008 e pretende encerrar o percurso em 3 anos e 977 dias de pedaladas. Para Danilo Perrotti Machado, que vivencia o projeto Homem Livre, todo o esforço é válido para descobrir culturas, conhecer novos lugares e pessoas e experimentar a verdadeira sensação de liberdade.
Tendo como destino 12 países da Ásia, Danilo iniciou a quarta etapa do projeto Homem Livre em setembro, tendo percorrido até o dia 8 de novembro o Irã, Paquistão, norte da Índia e Nepal onde se encontra agora. “Entre as principais dificuldades estão as burocracias para adquirir o visto em alguns países. Já no caso do Paquistão, que enfrenta sérios problemas com o terrorismo, foi difícil e arriscado pedalar em alguns lugares”, explica Perrotti. A caminho de Bangladesh, ainda fazem parte do roteiro para essa fase: Tailândia, Laos, Cambodia, Vietnã, Malásia, Singapura e Indonésia.
Com boas histórias para contar, Danilo se impressiona com a religiosidade da população indiana e aproveita para aprender um pouco mais sobre o Hinduísmo e o Budismo. “Na Índia existe uma concentração de pessoas muito grande e é normal você encontrar vaca e o boi no meio da rua, os animais sagrados para os Hindus. Esse fluxo de pessoas acaba gerando muito lixo e barulho. Por outro lado você pode encontrar com pessoas especiais com o Dalai Lama. Na Índia tive a oportunidade de participar de aulas sobre o Budismo dadas por ele”, conta.
Cultura
Quem poderia imaginar um ciclista sendo atacado por um elefante gigante? Isso pode acontecer nas estradas da Índia e faz parte das aventuras vividas por Danilo Perrotti machado. “Estava pedalando após o pôr do sol, já não tinha muita luz, quando vi um elefante gigante do lado da estrada. Ao passar próximo, ele avançou para cima de mim e tive que acelerar para não ser atropelado”, lembra Danilo.
E as diferenças culturais não param por aqui, a culinária é outro aspecto particular na Ásia. Como a maior parte dos habitantes indianos é vegetariana, quase todos os restaurantes trazem no cardápio apenas opções sem carne, bastante apimentadas e recheadas de fortes especiarias. “Agora no Paquistão, o povo não é vegetariano, e é comum as pessoas comerem com as mãos. Mas a diferença é ainda maior nas roupas, que são quase todas iguais, mudando apenas a cor”, ressalta.
Projeto Homem Livre
Danilo idealizou o projeto Homem Livre quando fazia o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, de bike. Após pedalar 4,3 mil quilômetros em 56 dias e chegar ao seu destino, o ciclista resolveu ir até Marrocos, e foi lá que teve uma grande surpresa. “Foi quando cheguei à Marrocos que percebi que tinha condições de dar a volta ao mundo. Voltei ao Brasil com planos para essa viagem”, relembra.
O projeto Homem Livre, dividido em oito etapas, teve início em Belo Horizonte, em 2008, quando Danilo seguiu a Estrada Real até a cidade do Rio de Janeiro. De lá, embarcou para a Europa, iniciando a segunda etapa passando por países como Inglaterra, Holanda e Áustria, até chegar à Grécia, no Leste Europeu. A terceira etapa, no Oriente Médio e África, teve início na Turquia e finalizou nos Emirados Árabes. A Ásia, quarta etapa da viagem, começou no Irã e termina no Timor Leste. Na próxima fase, Oceania, dois países serão percorridos: Austrália e Nova Zelândia. Canadá e Estados Unidos da América são os próximos, representando a sexta etapa, na América do Norte.
Dos Estados Unidos, Perrotti chega ao México, iniciando a sétima etapa, na América Central, que percorre países como Honduras e Nicarágua, chegando ao Panamá. A oitava e última etapa – na América do Sul - tem início na Colômbia, passa pela floresta amazônica e chega ao estado de Minas Gerais, na cidade de Belo Horizonte, onde a viagem começou.
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Assessoria de Imprensa